Fazendo justiça à designação que baptiza o meu blog, decidi apresentar-vos o meu primeiro gilipollas de eleição, a verdadeira nulidade em pessoa, a meta da decadência (como dizia Almada Negreiros no seu Manifesto Anti-Dantas), o colapso da inteligência e o cúmulo da arrogância. Naturalmente, não é uma figura pública, pois esses já toda a gente conhece. É uma medíocre aspirante a pessoa importante, com um semblante a roçar o ridículo, que de tanto empinar o nariz se lhe cresceu o pescoço, qual mulher-girafa!
Esta gilipollas habita o Vale do Tâmega e vai ensombrando todos os infelizes que cruzam a sua vida com a dela. Fala por sete e a uma velocidade vertiginosa, que quem a ouve fica com a nítida sensação de que a montanha russa nunca mais acaba! Esta criatura, que confere ao mesquinho uma brandura quase imperceptível, julga-se o poço da sabedoria e experiência e mete uma argolada mais depressa do que um coelho cobre uma coelha! E adora dar uma de intelectual que, não percebendo nada do assunto, está-se a marimbar para o facto de que os que a ouvem se apercebem das monstruosas galochadas que vomita! Fá-los a todos de idiotas, sem perceber que transborda imbecilidade. Tem uma paixão fútil e estúpida por sapatos de todas as formas, feitios e cores; esta gilipollas era capaz de passar uma tarde inteira a comprar compulsivamente dezenas de pares de sapatos só para amenizar a sua obsessão; o mais curioso é que a sua predilecção aumenta em função do grau crescente de espalhafatoso e ridículo – ou seja, sapatos próprios para festas rocambulescas próprias do entrudo; no entanto resigna estes objectos à sua mais triste condição: guarda-os eternamente num armário, pois jamais seria capaz de calçá-los…!
Certo é que, sobre esta gilipollas de se lhe tirar o chapéu, muito há ainda para contar. Mais adiante, prometo. Estão feitas as apresentações, os actos seguem-se muito em breve.
Duende
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