O GESTO É (QUASE) TUDO
Fiquei fascinada com um artigo que li no “Notícias Magazine” há uns tempos atrás, datado de 27 de Janeiro de 2002. O Gesto é (quase) tudo, assim se intitulava a peça, da autoria de Fernando Santos e ilustração de Alain Gonçalves. Por isso fiquei entusiasmada com a ideia de que podia partilhar com vocês, através do meu blog, as maravilhas da comunicação além fronteiras, dos variadíssimos e diferentes significados que um mesmo gesto pode assumir em países diferentes! É gritante o risco que podemos correr em certos sítios só por tentarmos ser apenas simpáticos… Há, efectivamente, gestos interditos e rituais e recomendados para quem se aventura no maravilhoso mundo desconhecido, de outras civilizações e países. Por exemplo, na América Latina, formar com os dedos polegar e indicador da mão direita um círculo (gesto tipicamente norte-americano para dizer ok) é tido como um declarado convite a uma relação sexual. Nixon deve ter corado quando soube deste pormenor, pois foi assim que saudou o povo da América Latina ao sair do avião, numa visita oficial durante o seu mandato… Também se arriscará o querido leitor a levar uma valente sova, se se arriscar a pedir boleia com o típico gesto de punho cerrado e polegar para cima, em estradas turcas; na verdade esse gesto é a encarnação de verdadeiras injúrias de carácter sexual…!
No que a cumprimentos respeita, fiquei absurdida com as formas mais bizarras que existem por esse mundo fora. Sabe-se que muitos indígenas semi-selvagens mostram a língua ou lambem as faces do visitante ou esfregam os narizes, como os esquimós, bem com que na Nova Zelândia, em que cospem nos pés – trata-se de um maori e está a cumprimentá-lo com todo o respeito.
Mas a verdade é que usar um gesto errado num país que não conhecemos, pode ser muito perigoso. Se estiver na Arábia Saudita e resolver tirar um macaquinho do nariz, enrolá-lo e atirar para algum lado, a pessoa que o observar com essa atitude vai interpretá-la como uma ameaça de morte. E será que vocês vão saber árabe suficiente para o convencer do contrário? E jamais se coloquem na frente de um italiano com as mão juntas, em prece, tendo os polegares erguidos: é como se estivesse a chamar ao transalpino…
Bem, eu podia ficar aqui o dia todo a contar as diferenças abismais da linguagem corporal. Mas se quiserem aprofundar conhecimentos nesta área, tentem encontrar este artigo e deleitem-se com umas boas gargalhadas…
Duende
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