segunda-feira, novembro 24, 2003

Depois de ler o último post do katraponga, cujo blog admiro, não resisti a imitá-lo. Era mais forte que eu…


"Entre o sono e o sonho,
Entre mim e o que em mim
É o quem me suponho,
Corre um rio sem fim.

Passou por outras margens,
Dispersas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.

Chegou onde hoje habito,
À casa que hoje sou.
Passa, se me medito,
Se desperto, passou.

E quem me sinto e morre,
No que me liga a mim,
Dorme onde o rio corre,
Esse rio sem fim"


Fernando Pessoa

Um grande beijo ao meu cariño, é para ele este poema

Duende